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Comportamento Semanal – Condições monetárias mais apertadas 

Com uma alta na margem de 0,8% e de 2,5% no comparativo interanual, o PIB no 1T24 surpreendeu positivamente. Além de superar as expectativas, o resultado deixou um carrego estatístico de 1,0% para 2024 e a formação bruta de capital fixo cresceu 4,1% no período. Com isso, houve uma recuperação importante no volume de investimento em relação ao PIB, avançando de 16,1% no 4T23 para 16,9%. A mediana das projeções para o crescimento em 2024 no Boletim Focus cresceu de 2,05% para 2,09%. Entretanto, a calamidade no Rio Grande do Sul (RS) e o aperto das condições monetárias podem ter impacto relevante nos números do 2T24. A despeito do comportamento benigno da inflação corrente, as expectativas no Boletim Focus continuaram se deteriorando, com a projeção do IPCA de 2025 elevando-se de 3,77% para 3,78%. Porém, o boletim ainda precifica mais um corte de -0,25 p.p. na reunião da próxima semana. A depreciação cambial, motivada pela elevação dos prêmios de risco, os ruídos na comunicação do Banco Central (BC) e os questionamentos acerca da evolução das contas fiscais ajudariam a explicar essa dissonância. Apesar dos dados do payroll bem acima dos aguardados, houve na semana uma queda nos retornos das T-Notes, com o aumento das apostas de apenas mais um corte na Fed Funds. Porém, sentindo também o impacto nas cotações das commodities, o real depreciou-se em 1,88% no período, com o dólar encerrando a semana cotado a R$ 5,34. Mesmo com o alívio internacional, a curva das taxas futuras de juros registrou elevação nos prêmios de risco, com o movimento mais proeminente nos vértices intermediários. Com a reprecificação de uma trajetória mais conservadora da política monetária, a taxa real de juros ex-ante fechou em 7,09%, com uma forte alta de 0,41 p.p. na semana e adentrando-se ainda mais em campo contracionista. Para esta semana, as atenções recaem nas divulgações de variáveis importantes para o balanço de riscos para inflação, como o IPCA de maio, o volume serviços e varejo e o IBC[1]Br em abril. No que se refere aos EUA e Zona do Euro, contribuirão no monitoramento da evolução da política monetária internacional.

Boa leitura!

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