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Comportamento Semanal – Devagar e longe

Na ata da sua última reunião, o Copom reconheceu o impacto da política monetária restritiva, com a moderação no ritmo de crescimento da atividade econômica e na recuperação do mercado de trabalho. A inflação corrente segue elevada e as medidas subjacentes em 12 meses encontram-se acima do intervalo da meta. Dentro do horizonte relevante (2T24), a projeção de inflação acumulada em 12 meses seria de 3,20%, nível próximo à meta. Assim, avaliou como apropriado a manutenção da taxa básica por um período suficientemente prolongado. Diferentemente do exterior, os prêmios nas taxas de juros futuras reduziram-se nos vértices de médio e longo prazo. A taxa real de juros ex-ante recuou -0,03 p.p. na semana para 7,66% a.a., permanecendo ainda em patamar bem restritivo. Na semana, é importante atentar para os números do IPCA de outubro, que deve apresentar alta após 3 meses seguidos com deflação mensal. Nos EUA, o Federal Reserve abriu espaço para uma diminuição no ritmo do aperto monetário, porém sinalizando uma taxa terminal maior do que a esperada. Se por um lado, os dados de atividade nos EUA e Zona do Euro apontam para uma desaceleração, por outro lado, os dados do mercado de trabalho nos EUA com a criação de vagas acima da esperada seguem pressionando a dinâmica inflacionária. Nesse sentido, o rendimento das T-Notes de 10 anos subiu 0,15 p.p. para 4,17% a.a.. O dólar ganhou pouca força frente às moedas dos países desenvolvidos e se depreciou em relação às divisas de países emergentes, que foram beneficiadas pela alta nos preços das commodities. O real fechou a semana com desempenho superior ao de seus pares emergentes, com apreciação de 4,45%, com o dólar cotado a R$ 5,06. No cenário doméstico, a produção industrial caiu pelo 2º mês consecutivo, queda disseminada em 21 dentre as 26 atividades pesquisadas, evidenciando a acomodação da atividade no 3T22. Porém, a mediana das projeções para o crescimento do PIB, no Boletim Focus, permaneceu em 2,76% para 2022 e subiu 0,06 p.p. para 0,70% para 2023. Em outubro, a balança comercial registrou superávit de US$ 3,92 bilhões, acumulando em 12 meses superávit de US$ 54,54 bilhões, o que representou uma alta de 3,5% na margem, mas com queda de -14,4% a.a.. Para esta semana, atenção para outros indicadores do lado real como os dados do varejo, serviços, produção de veículos, IGP-DI, sem se esquecer o CPI nos EUA.

Boa leitura!

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