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Comportamento Semanal – Volatilidade externa

A recente volatilidade reflete, principalmente, os dados de alta frequência da economia dos EUA. Além da ratificação da mensagem de que a autoridade monetária não medirá esforços para que a inflação convirja para a meta de 2,0%, independentemente do risco de recessão. O desafio ficou claro com a inflação pelo PCE acelerando de 5,3% a.a. em dez/22 para 5,4% a.a. e a medida de núcleo saindo de 4,6% a.a. em dez/22 para 4,7% a.a.. Com a perspectiva de um aperto monetário maior e mais duradouro, o rendimento da T-Note de 10 anos subiu 0,13 p.p. para 3,95% a.a.. A deterioração na percepção de risco levou a apreciação do dólar, de modo que o Dollar Index subiu 1,30% e o índice das moedas dos países emergentes caiu -1,37% na semana. Ademais, houve quedas nas cotações das commodities e perdas nas principais bolsas internacionais. O ritmo de alta do IGP-M saiu de 3,79% a.a. em jan/23 para 1,86% a.a.. O IPCA-15 de fevereiro desacelerou de 5,87% a.a. em jan/23 para 5,63% a.a., porém as medidas de inflação subjacentes ainda se encontram bem elevadas. Com o aumento nos prêmios de risco na curva de juros e redução de -0,05 p.p. na expectativa para a inflação nos próximos 12 meses do Boletim Focus para 5,65%, a taxa real de juros ex-ante subiu 0,26 p.p. para 7,33% a.a.. A arrecadação federal, via impostos e previdência, atingiu uma alta real de 1,1% ante jan/22, recorde histórico para o mês de janeiro. Contudo, espera-se alguma desaceleração que dependerá da atividade e das cotações das commodities. As contas externas continuam exibindo uma evolução favorável, de modo que em janeiro, o saldo de IDP em 12 meses era de US$ 92,3 bilhões, montante bem superior ao déficit em transações correntes de US$ -55,4 bilhões. As sondagens de confiança da FGV registraram quedas mensais para a indústria e o consumidor, distanciando-se ainda mais do nível neutro e evidenciando as preocupações com a economia. Na semana, será divulgado o crescimento do PIB em 2022 que deverá se aproximar de 3,0%. É importante, ainda, monitorar as sinalizações da política fiscal, os números das contas públicas e do mercado de trabalho. Do exterior, destaques para a confiança do consumidor na Zona do Euro e o CPI nos EUA.

Boa leitura!

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