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Termômetro do Crédito – Sazonalidade no crédito para as empresas

O ritmo de avanço do saldo total das operações de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN) recuou de 8,1% a.a. em dez/23 para 7,6% a.a. em janeiro. Para o Banco Central (BC), após a estabilidade no último trimestre de 2023, a trajetória de desaceleração deve ser retomada. Apesar de que, graças ao desempenho do mercado de capitais, o crescimento do saldo total do Crédito Ampliado ao Setor Não Financeiro (CASNF) acelerou pela 2ª vez consecutiva, saindo de 8,2% a.a. em dez/23 para 9,2% a.a.. Porém, a forte expansão de 27,8% a.a. no montante de títulos securitizados tende a não se manter com a implementação de novas regras para emissão de títulos incentivados. O BC acrescentou, ainda, que a redução mensal de -0,3% em janeiro no estoque total dos empréstimos foi motivada por elementos sazonais no comportamento de algumas modalidades para pessoas jurídicas (PJ). Mais especificadamente, houve uma contração de – 43,8% nas concessões de crédito com desconto de duplicatas e recebíveis, de -25,6% no capital de giro e de -9,8% na antecipação de faturas de cartão. Em consonância com a política monetária restritiva, a expansão das linhas para as pessoas jurídicas (PJ) com recursos livres (RL) era de apenas 0,1% a.a. em janeiro (11,8% a.a. em jan/23). Entretanto, beneficiando-se dos programas de governo, as operações com recursos direcionados (RD) aceleraram de 9,6% a.a. em dez/23 para 10,2% a.a. (7,5% a.a. em jan/23). Na decomposição por porte dos tomadores, o crescimento dos empréstimos para as Grandes empresas (Ge) mostrou uma ligeira recuperação, saindo de 1,7% a.a. em dez/23 para 2,2% a.a.. Por sua vez, a desaceleração persistiu para o segmento das Micro, Pequenas, Médias empresas (MPMe) que tinham uma alta de 5,2% a.a. ante 5,4% a.a. em dez/23. Também impactadas pela sazonalidade, as taxas de juros nos empréstimos para PJ com RL avançaram 1,3 p.p. na margem para 22,2% a.a.. Em relação ao início da flexibilização monetária em ago/23, a redução do indicador foi de apenas -0,8 p.p. ante uma queda de -2,0 p.p. na taxa Selic. Adicionalmente, a inadimplência deste segmento aumentou 0,2 p.p. no mês e 1,2 p.p. em 12 meses (12m) para 3,4%. Por fim, no que se refere à qualidade dos ativos no crédito para PJ, a taxa de inadimplência aumentou 0,1 p.p. na margem para 2,6% (+0,8 p.p. em 12m). Para as Ge, o indicador ficou estável no mês em 0,7% (+0,5 p.p. em 12m), enquanto para as MPMe, a alta mensal foi de 0,2 p.p. para 4,3% (+0,9 p.p. em 12m).

Boa leitura!

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