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Comportamento Semanal – Tempestade a frente?

Importante na definição das políticas monetárias, ao produzir volatilidade, a semana conturbou o cenário prospectivo. A grande inquietação refere-se a uma possível tempestade a frente que leve a uma recessão. Assim vários bancos centrais elevaram os seus juros e o Europeu demonstrou incômodo com o aumento do risco soberano de alguns países da região. Como desdobramento, houve de deterioração da aversão ao risco, com o rendimento das T-notes de 10 anos subindo 0,10 p.p. para 3,25% a.a. e a queda nas principais Bolsas.  Na semana, o dólar ganhou força, com o índice DXY avançando 0,5%. Graças às incertezas no âmbito fiscal e aos ruídos de ordem não econômica provocados pelo anúncio do reajuste nos combustíveis, o real apresentou desempenho mais decepcionante, com uma depreciação de -3,3%. Como aguardado, o Copom elevou a Selic em 0,50 p.p. para 13,25% a.a., antevendo um novo ajuste de igual ou menor magnitude na próxima reunião. Como novidade, passou a incluir também no horizonte relevante o ano de 2024, o que pode ser interpretado de que ao alargar o prazo temporal não pretende elevar muito a taxa terminal. Essa sinalização firmou uma aposta majoritária de que a taxa se eleve para 13,75% a.a. em agosto e o anúncio do aumento dos preços dos combustíveis elevou a taxa de juros do DI prefixado de 360 dias de 13,34% a.a. para 13,63% a.a.. A série dessazonalizada da variação trimestral do setor de serviços mostrou em abril uma desaceleração, com alta de 0,67% contra 1,55% em mar/22 e 3,23% em fev/22. Apesar do carry over estatístico de 1,07% para o 2T22, a sua contribuição deverá ser menor com a dissipação do efeito da flexibilização da economia e o orçamento apertado das famílias com o aumento da inflação, mesmo com a antecipação do FGTS e o adiantamento do 13º aos aposentados. Assim, a projeção para o crescimento do PIB de 2022 ficou em 1,40%, abaixo da estimativa de 1,50% do último levantamento da Agência Broadcast. Para a semana serão destaques a divulgação da ata da reunião do Copom, a Reunião do CMN, o IPCA-15, o Monitor do PIB, a sondagem do consumidor FGV e a Arrecadação Federal.

Boa leitura!

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