A inflação corrente com trajetória abaixo da meta, a ancoragem das expectativas e as medidas de núcleo mais sensíveis ao ciclo econômico rondando no patamar de 2,5% a.a. conferem espaço adicional para a flexibilização monetária. Ademais, os indicadores de atividade mais recentes sugerem perda de tração, a despeito do crescimento de 0,4% do PIB no 2T19. A persistência do elevado hiato do produto em um cenário de incertezas e a fragilidade do mercado de trabalho limitam o consumo das famílias e as decisões de investimentos. Embora ainda existam alguns riscos associados à depreciação cambial e possíveis reflexos nos prêmios de ativos, há condições para que a Meta Selic seja reduzida em 0,50 p.p., para 5,50% a.a., ampliando a possibilidade de que a inflação convirja para meta. Contudo, a continuidade deste processo ficará sujeita aos impactos da evolução dos cenários interno e externo sobre a trajetória dos preços.