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Comportamento Semanal – Serão suficientes?

As sinalizações de política monetária do Banco Central e do Federal Reserve (Fed) foram os temas da semana. Como esperado, o Copom elevou a Meta Selic em 1,00 p.p. para 11,75% a.a., porém antecipou um ajuste de mesma magnitude na reunião de maio. Ademais, mesmo com o cenário de referência apontando para uma inflação de 7,1% em 2022 e de 3,4% em 2023, é possível que o ciclo de aumento finalize em 12,75%. A hipótese se fundamentaria nas projeções do cenário alternativo que considera o preço do barril do petróleo fechando em 2022 em US$ 100 e elevando-se em 2,00% a.a., assim a inflação projetada em 2022 seria de 6,3%, convergindo para 3,1% em 2023, abaixo do centro da meta.

Já o Fed indicou uma taxa básica de juros na faixa de 2% a.a. ao final de 2022 e de 2,75% a.a. em 2023, um pouco acima do juro de equilíbrio, de 2,5%. Com a economia e o mercado de trabalho aquecidos, o grande dilema é se estas projeções de política monetária seriam capazes de promover a convergência da inflação a níveis compatíveis às metas ou se seriam necessários maiores sacrifícios em termos de atividade, com reflexos na economia internacional.

Localmente, a despeito da desaceleração da redução da taxa de ocupação, o rendimento médio real recuou -9,7% em 12 meses, de modo que a expansão da ocupação não está se revertendo em crescimento do rendimento dos trabalhadores. O índice de atividade (IBC-Br) registrou forte contração de -1,0%, apesar da baixa expectativa quanto ao resultado, o número foi bem decepcionante ao que se esperava. A expansão da atividade continua cerceada, não só pelo comportamento da pandemia, mas também pelos problemas nas cadeias de suprimento, cenário agravado pelo conflito no Leste Europeu. Pelo lado da demanda, a expectativa sobre o consumo não é das melhores, com os efeitos da inflação elevada na renda disponível e o elevado nível de comprometimento e endividamento das famílias em um contexto de alta de juros.

Para a semana, serão destaques a reunião do CMN e  a divulgação da ata do Copom, RTI do 1T22, IPCA-15 e arrecadação Federal.

Boa leitura!

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