A perspectiva menos otimista para a economia dos EUA e a manutenção de elevados estímulos monetários comprometem a força do dólar no mercado de moedas. Na semana, o Dollar Index caiu -1,15%, com destaques para a valorização do euro (1,04%) e da libra esterlina (2,22%). A debilidade da atividade, aliada à incerteza da evolução da sua retomada e ao cenário benigno para inflação, confere uma oportunidade para redução da Selic em 0,25 p.p. de forma a promover a convergência da inflação à meta. As projeções de queda do PIB para 2020 voltaram a retroceder, agora de -5,77% para -5,66%, enquanto que permanece favorável o cenário para inflação (1,63% para 2020 e 3,00% para 2021). Do lado real, o fechamento de vagas formais de trabalho desacelerou para -11 mil em jun/20. Entretanto, com o fechamento de 1,4 milhão de vagas formais desde o início da pandemia. Já o déficit primário e dívida bruta atingiram níveis históricos com o Tesouro Nacional registrando déficit primário de R$ 194,7 bilhões em junho e de R$ 417,2 bi no acumulado do ano. Ainda no mês, o saldo das transações correntes apresentou resultado positivo em US$ 2,24 bi, com o retorno do investimento externo e melhora no saldo da balança comercial. Para a semana são destaques a reunião do Copom e a divulgação dos dados da Balança Comercial, Produção industrial, PNAD – Contínua, IPCA, IGP-DI e emplacamento e produção de veículos.