O Copom decidiu na semana pela elevação em 1,00 p.p. na Meta Selic para 6,25% a.a.., indicando um ajuste da mesma magnitude na próxima reunião e um ciclo de aperto monetário que avançará no território contracionista. Balizou a decisão, o balanço de risco assimétrico, com as pressões persistentes dos preços dos serviços subjacentes, alimentos, combustíveis, e dos bens industriais, em conjunção ao recrudescimento contínuo das expectativas para a inflação. Pelo Boletim Focus, as projeções para o IPCA subiram 0,10 p.p. na semana para 8,45% em 2021 e 0,02 p.p. para 4,12% em 2022, enquanto as de 2023 permanecem ancoradas. Ratificando o cenário preocupante o IPCA-15 de setembro apontou avanço de 1,14% e de 10,05% em 12 meses. Ademais, refletindo dentre outros fatores o impacto da recuperação econômica, câmbio depreciado e alta inflacionária, a arrecadação federal somou R$ 146,5 bilhões em ago/21, desacelerando a alta em relação a ago/20. Em patamar confortável e influenciado pelo volume das exportações, diante da depreciação cambial e o boom das commodities, o saldo de transações correntes registrou superávit de US$ 1,7 bi em ago/21 e – US$ 19,5 bi no acumulado em 12 meses. No cenário externo, o temor de colapso da incorporadora chinesa Evergrande e a sinalização do Fed de antecipação para nov/21 da redução na compra de títulos e uma provável subida de juros em 2022 levaram a uma elevação do prêmio do CDS de 5 anos do Brasil de 19,04 bps. para 199,59 bps.. O retorno das T-Notes de 10 anos subiu 0,10 p.p. para 1,47% a.a., enquanto o dólar encerrou a semana cotado a R$ 5,34 (apreciação de 0,87% ). Para a semana serão destaque a divulgação da Ata do Copom e RTI, IGP-M, Resultado do Tesouro, Nota de Política Fiscal, Balança Comercial, PNAD e CAGED.