A semana foi marcada pela divulgação de documentos do Banco Central ratificando a perspectiva de manutenção dos estímulos monetários, enquanto as projeções de inflação estiverem suficientemente próximas ao centro da meta e mantidas as condições para a consolidação fiscal. Pela capacidade ociosa, o repique no curto prazo não deverá alterar o cenário benigno para a inflação, como apontam as medidas de inflação subjacentes, mais sensíveis à atividade em níveis muito confortáveis. Com percepção favorável para o 3T20, em relação à versão anterior, o RTI reduziu as suas projeções de queda do PIB para 2020 de -6,4% para -5,0%. Espera-se para o 4T20 desaceleração da taxa de crescimento com a redução das medidas de recomposição da renda, estimando-se um crescimento de 3,9% para 2021. Em setembro, o IPCA-15 cresceu 0,47% (2,65% a.a.), com destaque para a inflação de alimentos que cresceu 1,48% (9,93% a.a.). No cenário externo, ampliou-se a aversão ao risco. Adicionalmente, o aumento da percepção de risco fiscal manifesta-se na taxa cambial, com o dólar apreciando-se 3,2% em relação ao real (34,1% em 12 meses). Em ago/20, pelo quinto mês consecutivo, o saldo em transações correntes ficou positivo. Apesar da melhora, para a trajetória cambial deve-se atentar para o fluxo de divisas, principalmente para o financeiro que vem se deteriorando. No ano, o investimento direto acumulou uma queda de -41,4% em relação a 2021. Para a semana, teremos os números da Produção Industrial, Resultado do Tesouro, Política Fiscal, PNAD, Caged, IGP-M, emplacamento de veículos e sondagem da indústria e serviços.