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Resoluções CMN 4.966 e BCB 352: desafios das implementações tecnológicas na reta final de implementação das normas

As instituições financeiras intensificam as homologações e os planos de contingência para a adequação às normas contábeis válidas em 2025

Em novembro, a Comissão de Tecnologia da ABBC teve acesso a um relatório especial da consultoria BIP detalhando os avanços e desafios na implementação tecnológica da Resolução CMN 4.966 e da Circular BCB 3.952. Com a aproximação do prazo regulatório para fins de adaptação às novas regras contábeis alinhadas ao IFRS 9 que entram em vigor em 1º de janeiro de 2025, o foco recaiu sobre as implementações e integrações das plataformas sistêmicas com seus respectivos planos de contingência.

Letícia Caroline Dutra, Diretoria de Tecnologia & Projetos Financeiros da BIP, apresentou uma análise dos impactos das implementações tecnológicas e destaque das estratégias adotadas por seis fornecedores de tecnologia no setor financeiro. Segundo ela, a maioria das instituições encontram-se em fase avançada de homologação com ajustes finais em andamento para correção de bugs, implementação de funcionalidades e integrações de sistemas. Ela também destacou que, embora os fornecedores tenham entregado pacotes importantes até outubro/24, as customizações e integrações específicas para algumas instituições têm provocado deslocamento de prazos de entrega dos MVPs.

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Entre os principais desafios ressaltados atualmente, estão as correções (bugs sistêmicos) remanescentes da homologação, customizações das integrações sistêmicas entre sistemas legados e motores internos, entrega de MVPs com roteirização contábil e as estratégias de contingência adotadas para atender às exigências mínimas da regulamentação. 

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Avaliando o cenário dos seis principais fornecedores de mercado (tratados no fórum) foram destacados os avanços nos desenvolvimentos dos módulos de carteira, mas enfrentam gargalos na entrega de pacotes/customizações personalizadas. A BIP enfatizou que essas questões exigem acompanhamento intensivo, com reuniões semanais entre diretores e equipes técnicas para garantir a adaptação e atendimento do prazo regulatório.

Outro ponto abordado foi o cenário de rollout, com reforço de planos de transição para publicação de código das novas funcionalidades de sistemas e contabilização de transição no final de 2024 e início de 2025. Adicionalmente, como benchmark a BIP compartilhou a ênfase de realização de workshops e treinamentos sendo conduzidos para preparar as áreas impactadas e, inclusive, a contextualização das áreas de compliance e auditoria das instituições, assegurando a conformidade regulatória e a atualização os seus respectivos mapas de riscos e controles internos.

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A apresentação reforçou a importância de uma comunicação contínua entre instituições financeiras e seus fornecedores, bem como a necessidade de priorizar desenvolvimentos que visa atender às exigências mínimas da regulamentação. Conforme reforçado pela BIP, o sucesso dessa transição depende de comunicação próxima, colaborativa e do comprometimento em atender às exigências da regulamentação dentro do cronograma estabelecido, 1º de janeiro de 2025.

Com as novas normas, espera-se maior transparência e uniformidade nos relatórios contábeis, fortalecendo a resiliência do sistema financeiro brasileiro diante de padrões internacionais.

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