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Comportamento Semanal – Queda nos indicadores de confiança

Face à perspectiva de desaceleração do crescimento da atividade econômica, observou-se deterioração dos indicadores de confiança da FGV em outubro, principalmente pela piora nas expectativas futuras. Os setores de serviços e varejo voltaram a ficar em patamar abaixo do considerado neutro. Apesar do maior pessimismo, o mercado de trabalho vem mostrando recuperação consistente, com a taxa de desemprego recuando -2,5 p.p. no ano e -3,9 p.p. em 12 meses para 8,7% da força de trabalho. Concomitantemente, o total de ocupado alcançou 99,3 milhões de pessoas, recorde da série iniciada em 2012. Ademais, o rendimento real registrou a 1ª elevação anual desde mar/21, totalizando R$ 2.737,00. Os dados reforçam o entendimento de que o mercado de trabalho segue aquecido. Este movimento tem impacto na redução do hiato do produto, conforme o Banco Central tem alertado. Na semana passada, o Copom decidiu pela manutenção da taxa Selic em 13,75% a.a., diante da evolução do balanço de riscos, sem alteração significativa nas variáveis que justificasse uma mudança de rumo da política monetária. No horizonte relevante (2T24), a projeção de inflação acumulada em 12 meses seria de 3,20%, nível próximo à meta. A divulgação da ata poderá trazer informações adicionais da avaliação da dinâmica inflacionária. O IPCA-15 de outubro com alta de 0,16%, ligeiramente acima do esperado, levou a mediana das projeções para o IPCA de 2022 subir 0,01 p.p. para 5,61%, após 17 semanas seguidas em queda, enquanto para 2023 e 2024 mantiveram-se, respectivamente, em 4,94% e 3,50%. O dólar perdeu força no exterior apesar da recuperação ao final da semana com o crescimento do PIB dos EUA no 3T22 de 2,6%. Na semana, o Federal Reserve deve ratificar o aumento de 0,75 p.p. na taxa básica de juros. Para a Zona do Euro, são aguardadas as divulgações do PIB no 3T22 e a inflação ao consumidor (CPI) de outubro, após o BCE subir a taxa de juros em 0,75 p.p.. Em setembro foram arrecadados R$ 166,3 bilhões via impostos e previdência e o setor público registrou superávit de R$ 10,7 bilhões, acumulando um superávit de R$ 130,8 bilhões no ano. Por fim, os números relativos à produção industrial devem ajudar na estimativa da variação da atividade econômica no 3T22. Finalizando, o Relatório de Estabilidade Financeira relativo ao 1º semestre especificará o cenário para o sistema bancário.

Boa leitura!

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