Entendemos que a magnitude do cenário recessivo prescreve a manutenção do estímulo monetário, entendimento esse que foi favorecido pela melhoria considerável dos indicadores de condições financeiras em relação à última reunião. Ainda que exista defasagem na resposta da política monetária, o nível elevado de incertezas tem obstruído os seus canais de transmissão. Desse modo acreditamos como factível um corte da taxa Selic em 0,75 p.p. para 2,25%, possibilidade sinalizada pela comunicação da última reunião do Copom. No que tange aos próximos passos, reduções adicionais dependerão da convergência da inflação corrente à meta de 2021. Nesse aspecto, as atuais projeções para o IPCA de 2020 mostram-se abaixo do piso e as de 2021 abaixo do centro da meta. Devem, também, ser considerados os impactos de novas flexibilizações da política monetária nas condições financeiras, de modo que os seus efeitos não possam se tornar contraproducentes em levar a inflação para a meta e aquecer a atividade econômica.
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