Refletindo as melhores condições da economia, a expansão anual do estoque total de crédito acelerou 1,0 p.p. em maio para 16,1%. Com variação mensal de 1,2%, os destaques ficaram com as modalidades mais sensíveis à atividade, com crescimento de 4,2% para antecipação de faturas, de 1,9% para o crédito pessoal e de 4,5% para cartão de crédito para pessoas físicas (PF).
Nos empréstimos com recursos livres (RL), o desempenho mostra-se mais vigoroso no segmento para PF que exibiu elevação de 17,9% a.a. (15,0% em abr/21). Com o arrefecimento dos programas de governo, haverá desaceleração nas operações com pessoas jurídicas (PJ), principalmente com recursos direcionados (RD).
No que tange às concessões, a média móvel trimestral para PJ apresentou na margem alta de 3,1%, enquanto que para PF acumulou elevação de 0,7%. Contudo, a maior expansão para PJ está relacionada com o início em março da rolagem parcial do forte volume de operações de capital de giro contratadas no início da pandemia em 2020.
O elevado nível de endividamento das famílias associado ao cenário ruim no mercado de trabalho, à inflação elevada e ao aperto monetário devem impactar negativamente a trajetória do crédito para PF.
Em linha com a melhor performance, a Assessoria Econômica da ABBC elevou suas projeções para um crescimento de 11,4% em 2021 (14,2% para PF e 7,8% para PJ), com uma alta de 14,6% nas operações com RL (16,0% para PF e 13,0% para PJ).
No que se refere à qualidade dos ativos, a taxa média de inadimplência ainda se mostra confortável. O sinal mais preocupante advém do setor das micro, pequena e médias empresas que já registrou alta de 0,9 p.p. no ano.