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Comportamento Semanal – Pouso suave?

Parece que rapidamente a percepção de que a aceleração do ritmo no aperto da taxa de juros básica nos EUA, com a deterioração acentuada do balanço de riscos e a persistência inflacionária, chegou aos investidores. Dadas as experiências desagradáveis, a tarefa de se fazer um ajuste suave da política monetária não é trivial, a sinalização dos membros do Federal Reserve contribui no curto-prazo para uma maior volatilidade nos preços dos ativos e o fortalecimento do dólar no mercado de câmbio internacional. Assim, o Dollar Index subiu 0,72% na semana, enquanto o índice que mede a variação das moedas de países emergentes recuou -0,98%. Apesar de ligeiramente acima das expectativas, o crescimento do PIB chinês de 4,8% no 1T22 indicou desaceleração que deve se acentuar com a imposição de novos lockdowns para conter os surtos de contágio de Covid no país. As vendas do varejo chinesas apontaram retração de -3,5% em mar/22 na comparação com o mesmo período de 2021, enquanto a indústria apresentou expansão de 5,0% em mar/22 na mesma métrica. As percepções para a China e EUA já impactam as cotações das commodities e, como consequência, o dólar encerrou a semana cotado em R$ 4,80, com depreciação de 2,01% do real. Como reflexo do conflito no Leste Europeu, a inflação da Zona do Euro cresceu 2,4% na margem atingindo 7,4% no acumulado em 12 meses, o nível mais alto desde a introdução do Euro em 1999, influenciado sobretudo pela elevação dos preços de energia e dos alimentos in natura. Já a produção industrial da Zona do Euro cresceu 0,7% em fev/22, na margem, contra expectativa de avanço de 0,8% no mês. Por último, no Brasil, a Intenção de Consumo das Famílias, indicador apurado pela CNC que objetiva antecipar o potencial de vendas do comércio, avançou pelo 4º mês consecutivo, totalizando 77,4 pts. em abr/22 (+ 2,7% na margem e 11,1% em 12 meses, na série com ajuste sazonal). Em relação a abr/21, com o aperto monetário, houve queda apenas nos componentes de acesso ao crédito (-2,1%) e (-4,3%) no momento para duráveis. Para a semana serão destaques a divulgação das Sondagens da FGV e da CNI, do IPCA-15, IGP-M, Resultado do Tesouro, PNAD-Contínua, Caged, inflação PCE que baliza a política monetária norte-americana e o PIB dos EUA e Zona do Euro.

Boa leitura!

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