Com o cenário benigno para a inflação e o hiato do produto a aposta majoritária do mercado é de nova queda de 0,25 p.p. da Meta Selic para 4,25%. Porém, há incertezas que podem requerer uma postura mais cautelosa para a política monetária.
Em meio as preocupações mundiais relacionadas à transmissão do Coronavírus, o dólar fechou a semana em alta de 0,49% vendido a R$ 4,18. Com o adiamento do leilão da 7ª rodada de partilha do pré-sal, o prêmio de risco soberano brasileiro medido pelo CDS de cinco anos elevou-se para 100,80 pts.
Na semana, as cotações de mercado sofreram ajustes com a frustração na divulgação dos indicadores setoriais. No mês de novembro, o setor de serviços registrou queda na margem de -0,1% na série dessazonalizada, enquanto o volume de vendas no varejo restrito avançou 0,6% na margem, decepcionando as expectativas com as vendas da Black Friday.
A recuperação da atividade econômica, apesar da melhora nos últimos dois trimestres, ainda é gradual. Assim, o resultado positivo do PIB no 3T19 e a expectativa de alguma aceleração no 4T19, combinadas com a recente pressão cambial, ainda não são suficientes para reverter a sinalização do último encontro de redução de 0,50 p.p. na taxaContinue reading "Pré-Copom: Dezembro/2019"
A inflação corrente com trajetória abaixo da meta, a ancoragem das expectativas e as medidas de núcleo mais sensíveis ao ciclo econômico rondando no patamar de 2,5% a.a. conferem espaço adicional para a flexibilização monetária. Ademais, os indicadores de atividade mais recentes sugerem perda de tração, a despeito do crescimento de 0,4% do PIB noContinue reading "Pré-Copom: Setembro/2019"