Sinalizando um ajuste de 100 pontos base, o Comitê assinalou que o ritmo de ajuste na taxa básica de juros mostrava-se adequado para a convergência da inflação à meta de 2022, mesmo com o balanço de riscos negativo. Ademais, deixou aberta a possibilidade de alteração que, por sua vez, dependeria da evolução da atividade, dos fatores de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária (2022 e em menor grau em 2023).
Com a manutenção do “plano de voo”, a Selic deve se elevar em 100 pontos base para 7,25% a.a.. Entretanto, é provável que o ciclo de ajuste da política monetária se estenda para que se assegure a convergência da inflação às metas, ou melhor, que o horizonte relevante passará a ser cada vez mais o ano de 2023. Ainda que haja riscos, a possibilidade de uma reversão do peso dos componentes voláteis, acreditamos que seja adequada a preocupação com um aperto monetário excessivo que comprometa ainda mais a atividade no próximo ano, de modo que a sua evolução deva depender do acúmulo de mais informações sobre a dinâmica da economia e a persistência dos choques.