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Termômetro do Crédito – Novo perfil das concessões para PF

O mercado de crédito ainda ostenta um comportamento positivo, apesar de que já sejam constatados alguns sinais de perda de dinamismo, originada pela estagnação da atividade econômica e piora das condições financeiras. O bom desempenho é favorecido sobretudo pela performance dos empréstimos com recursos livres (RL) e para as pessoas físicas (PF).

Em novembro, o saldo do crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) se expandia em 15,6% a.a., mesmo ritmo verificado em dez/20, com crescimento de 20,8% a.a. com RL para PF (10,8% a.a. em dez/20). Em desaceleração, a contribuição do crédito para pessoas jurídicas (PJ) era de 16,7% a.a. (21,2% a.a. em dez/20).

Mesmo com o aperto monetário, em termos anualizados, as concessões acumuladas em 12 meses (12m) ainda mostram elevação, fechando em 16,2% a.a. (11,6% a.a. para PJ e 20,6% a.a. para PF). Entretanto, para PF há uma importante alteração no perfil dos novos empréstimos, com uma maior participação de linhas de maior risco e custo financeiro (crédito pessoal, cheque especial, rotativo e o parcelado do cartão de crédito). Com esse quadro, o comprometimento da renda tende a se elevar, podendo afetar a qualidade dos ativos que até então tem se mantido em níveis confortáveis, distantes dos verificados em períodos críticos.

A nova metodologia para a avaliação do endividamento e o comprometimento da renda das famílias reduziu os indicadores. Contudo, a trajetória ascendente e os níveis recordes permaneceram.  A deterioração do cenário inflacionário e a fragilidade do mercado de trabalho sugerem uma piora futura na inadimplência que tende a ser agravada pelo aumento da taxa de juros das operações.

Assim, a Assessoria Econômica da ABBC revisou suas projeções para 2021 de um crescimento de 13,2% para 14,9%, contemplando uma alta de 17,8% para RL (20,1% para PF e 15,1% para PJ) e de 11,0% para RD (17,8% para PF e 1,0% para PJ). Para 2022, espera-se uma desaceleração motivada fundamentalmente pelas dificuldades impostas pelo cenário macroeconômico, mas que tende ser limitada pela variação nominal dos indexadores, com o aumento da inflação e das taxas de juros dos empréstimos. Com isso, as projeções para 2022 são de crescimento de 8,9%, de 11,1% para RL (12,0% para PF e 10,0% para PJ) e de 5,8% para RD (11,0% para PF e -3,0% para PJ).

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