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Pré-Copom: Março/2022

Na reunião de fevereiro, foi ratificada a sinalização anterior de aumento em 150 pontos base na taxa Selic. Concluiu-se naquele momento que a decisão refletiria o cenário de referência do Copom e um balanço de riscos com uma variância maior para a inflação prospectiva e seria compatível com a convergência da inflação para as metas no horizonte relevante para a política monetária, incluindo os anos-calendário de 2022 e, em grau maior, o de 2023. 

Para o encontro de março, antecipou-se como mais adequada a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros, dado o estágio do ciclo de aperto, cujos efeitos cumulativos se manifestariam ao longo do horizonte relevante. Por fim, enfatizou-se que os passos futuros poderiam ser ajustados para assegurar a convergência da inflação e dependeriam da evolução da atividade, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação. 

O desafio de trazer a inflação à meta ainda em 2022 nos parece insuperável. Porém, como há defasagens da política monetária e chance de reversão dos choques, são boas as chances de convergência no próximo ano. Por causa das limitações e dificuldades contidas nos modelos de previsão de inflação e em função do elevado grau de incerteza no tempo de duração dos choques, agora agravados pela tensão da geopolítica internacional, acreditamos que seja mais adequado seguir a sinalização com um aumento de apenas 100 pontos base na taxa Selic para 11,75% a.a., diminuindo o risco de que a atividade seja excessivamente onerada, porém com o ciclo de aperto monetário permanecendo em território significativamente contracionista no período que for necessário para que as expectativas inflacionárias sejam ancoradas, o que não comprometeria no nosso entendimento a credibilidade da autoridade monetária.

Boa leitura!

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