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Comportamento Semanal – Maior volatilidade e risco

Após os dados mais fracos da atividade econômica nos EUA, com a queda na produção industrial e as vendas no varejo e a inflação ao produtor (PPI) abaixo da esperada, aumentou-se a probabilidade de que o Federal Reserve diminua o ritmo do aperto monetário. Contudo, essa sinalização não foi ratificada por alguns de seus membros que apontaram, ainda, uma taxa de juros terminal mais elevada do que se antecipava. O Banco Central Europeu reforçou o seu posicionamento mais agressivo, após o CPI crescer 1,5% em outubro, acumulando uma alta de 10,6% a.a.. O PIB do 3T22 na Zona do Euro registrou altas de 0,2% no trimestre e de 2,1% em relação ao 3T21, evidenciando uma perda de dinamismo no crescimento. A desaceleração também é percebida na China, com a queda mensal em outubro das vendas no varejo e o crescimento industrial aquém do esperado, refletindo ainda os efeitos da política de combate à Covid-19. Em novembro, a inflação medida pelo IGP-10 apontou uma queda de -0,59% na margem, 4º mês consecutivo com deflação. O ritmo anual desacelerou de 7,4% a.a. em out/22 para 5,6% a.a., o que pode propiciar mais à frente algum alívio nos preços ao consumidor. O índice de confiança do empresário industrial caiu de 60,2 pts. em outubro para 51,7 pts. em novembro, com a queda significativa aproximou-se do limite mínimo que indica confiança. O movimento refletiu fundamentalmente a redução mais significativa nas expectativas futuras, principalmente quanto à falta de otimismo com a economia brasileira, com o índice alcançando 45,9 pts.. Com os ruídos na comunicação acerca do futuro da trajetória fiscal e o processo de tramitação da PEC da transição, cujo texto enviado ao Senado poderia levar a um aumento de gastos extras de ordem próxima a R$ 200 bilhões, a volatilidade aumentou na semana. Com o aumento nos prêmios de risco, a taxa do swap prefixado de um 1 ano avançou 0,35 p.p. para 14,32% a.a., o real depreciou-se em -0,9% para R$/US$ 5,38 e o Ibovespa perdeu -3,0%. Para esta semana, destaque para as discussões da PEC, além de atenção para o IPCA-15 de novembro, as sondagens de confiança da FGV, a nota do setor externo, os números da arrecadação federal, reunião do CMN, a ata da última reunião do FOMC, as vendas de casas novas nos EUA e a confiança do consumidor na Zona do Euro.

Boa leitura!

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