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Comportamento Semanal – Imunidade Temporária

Ao elevar os temores de uma recessão global e aumentando a aversão ao risco, as sinalizações da política monetária internacional foram as grandes protagonistas da semana. Como consequência, os índices das principais bolsas caíram significativamente. O retorno dos títulos da dívida dos EUA de 10 anos subiu 0,24 p.p. no período para 3,69% a.a.. As cotações das commodities reduziram-se, com o barril de petróleo tipo Brent recuando de -5,7% para US$ 86,15. O dólar apreciou-se em relação às moedas dos países desenvolvidos e emergentes. De forma temporária, os ativos domésticos apresentaram uma relativa imunidade a essa volatilidade, com o Ibovespa encerrando a semana com alta de 2,2% e o real depreciando-se em apenas -0,2%. Refletindo o elevado grau de incerteza em torno das premissas e projeções, a decisão do Copom em manter a Selic em 13,75% a.a. não foi unânime de forma que 2 diretores votaram por uma elevação residual de 0,25 p.p.. Como novidade na comunicação, o Copom assinalou um eventual estreitamento do hiato do produto em relação ao utilizado em seu cenário, particularmente no mercado de trabalho. Apesar da sinalização mais dura, indicando a possibilidade de um novo aumento da Selic no caso de necessidade e que deverá ser mantida por período suficientemente prolongado para que as expectativas inflacionárias de mercado convirjam às metas, o comportamento do mercado de juros futuros foi no sentido contrário ao verificado no exterior, com quedas nos prêmios em todos os vértices da estrutura a termo. Assim, a taxa real de juros ex-ante reduziu-se em -0,34 p.p. para 7,80%, ainda em patamar fortemente contracionista. O saldo em transações correntes do balanço de pagamentos registrou superávit de US$ 1,3 bilhão em junho e um déficit de US$ -4,1 bilhões em julho, acumulando um déficit de US$ -36,6 bilhões em 12 meses contra US$ -33,6 bilhões em jun/22. Mesmo com a alta em todos os meses do ano, o índice de consumo das famílias da CNC aponta ainda insatisfação das famílias em relação a emprego, renda e capacidade de consumo. Apesar da recuperação, o monitor do PIB da FGV sinaliza para o 2º semestre uma perda de intensidade, dada a forte redução da demanda reprimida pela pandemia. Para esta semana, destaques para o comunicado do Copom, RTI, as divulgações dos dados fiscais, Caged, Pnad e sondagens de confiança e PIB dos EUA.

Boa leitura!

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