No 2T22, o segmento S3+S4 contava com 125 instituições que contabilizavam 19,2% do Patrimônio de Referência – Nível 1 (PR1) do consolidado bancário. A mediana dessa amostra indicava uma instituição com um PR1 de R$ 590,8 milhões. No grupo, 35 dos bancos tinham mais de 50% da sua carteira de crédito em operações para pessoas físicas (PF), enquanto em 73 predominavam as modalidades para pessoas jurídicas (PJ). Por fim, 17 não operavam crédito.
O crescimento do portfólio de crédito de S3+S4 mostrava-se mais vigoroso do que o dos grandes bancos no 2T22 , com a mediana apontando uma expansão da ordem de 25,0% a.a., frente a 15,2% a.a. para S1+S2. Como desdobramento, o nível de liquidez reduziu-se com o aumento das concessões de crédito e a menor aversão ao risco. Esta conjunção refletiu-se na evolução de algumas modalidades, de modo que a parcela das operações com cartão de crédito na carteira consolidada PF subiu de 17,8% no 4T21 para 18,5% e a do crédito pessoal sem consignação de 11,4% para 13,2% no 2T22. Como consequência, a mediana do Índice de Basileia (IB) de S3+S4 fechou em 18,2% contra 19,3% no 4T21, nível bem confortável. Porém, nas instituições que têm controle nacional, a tendência de redução do indicador mostrou-se mais acentuada.
A mediana dos atrasos na carteira para PF no segmento S3+S4 fechou em 1,0%, com estabilidade frente ao 4T21. Na amostra com controle nacional, houve um aumento de 1,1 p.p. na mesma base comparativa, encerrando em 3,0%. O nível de provisões recuou -0,1 p.p. no semestre para 1,7%. Para o subgrupo nacional, o indicador subiu 0,3 p.p. para 2,6%. No 2T22, o índice de cobertura (IC) do segmento ficou em 94,6% e nos de controle nacional em 100,1%.
Os participantes do segmento S3+S4 registraram fortes elevações nas despesas de captação e de intermediação financeira, refletindo a elevação da taxa básica de juros. Adicionalmente, ficou clara a alteração na evolução das despesas de provisão, com a mediana aproximando-se da estabilidade, alcançando -0,2% a.a., enquanto a dos de controle nacional acelerou para uma alta de 9,0% a.a.. Decorrente da alta no custo de captação e da evolução das despesas com as provisões, a margem líquida dos bancos reduziu-se no semestre. Por fim, no ano, a mediana do retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) de S3+S4 recuou -1,0 p.p., finalizando em 7,0% no 2T22, enquanto a do subgrupo nacional caiu -0,6 p.p. para 5,4%.
Boa leitura!