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Comportamento Semanal – Foco na inflação e atividade

Após a surpresa positiva com o PIB do 2T23, a atividade econômica doméstica iniciou o 2º semestre do ano mais fraca, com a produção industrial registrando queda mensal de -0,61% em julho, refletindo a política monetária mais restritiva. Assim, ganham atenção na semana os dados do varejo e serviços, que devem mostrar o termômetro para a desaceleração da atividade. No Boletim Focus, a mediana das projeções para o crescimento do PIB em 2023 subiu 0,08 p.p. na semana para 2,64%, devendo se aproximar de 3,0% nas próximas edições por conta do carregamento estatístico. Os preços no atacado seguem com uma dinâmica benigna, embora com os efeitos desinflacionários se dissipando. O IGP-DI avançou 0,05% em agosto, acumulando uma deflação de -6,91% a.a. (-7,47% a.a. em jul/23), o que deve impactar positivamente no comportamento dos preços ao consumidor. Para a semana que se adentra, é importante o monitoramento das medidas de núcleo e de inflação subjacente do IPCA de setembro, uma vez que o Copom condicionou uma eventual aceleração dos cortes da Selic a uma melhora dessas 2 métricas, além das expectativas de longo prazo. Mesmo com a redução de -0,09 p.p. para 6,54% a.a., a taxa real de juros ex-ante segue em patamar fortemente restritivo, bem acima dos 4,5% a.a. considerado como neutro pelo Banco Central. O endividamento das famílias continua em patamar elevado (77,4%), apesar da redução de -1,6 p.p. em 12 meses. Os juros futuros exibiram elevações nos vértices mais longos, em linha com o movimento do exterior. Nos EUA, a atividade resiliente e o mercado de trabalho ainda aquecido, como apontou o Livro Bege, aumentam as chances de uma política monetária apertada por mais tempo, o que elevou os rendimentos das T-Notes. Na Zona do Euro, a revisão do PIB do 2T23 de 0,3% para 0,1%, reforçou a visão mais pessimista e a inflação ainda em patamar elevado deverá favorecer a manutenção de uma política monetária mais restritiva. O que pesaram no aumento da aversão ao risco, levando à perdas nas principais bolsas internacionais e queda nos preços das commodities alimentícias e metálicas. Assim, ganham importância também as divulgações do CPI nos EUA e o encontro de política monetária do BCE.

Boa leitura!

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