Com o aumento no número de infectados pela Covid-19, disseminação de novas cepas do vírus e entraves no ritmo de vacinação, elevando as medidas de restrição de mobilidade, houve deterioração da aversão ao risco no cenário global com impacto relevante nos preços das ações. Com esse quadro, o FMI advertiu para o risco de correção nos mercados. Domesticamente, os prêmios de riscos na curva de juros se reduziram com as declarações do Banco Central amenizando o tom mais duro da ata do Copom, as expectativas com a votação para presidência da Câmara e do Senado e a perspectiva favorável para a manutenção do Teto de Gastos. Beneficiando-se do movimento favorável nos preços das passagens aéreas, energia elétrica e alimentos para consumo em domicílio, o IPCA 15 desacelerou para uma alta para 0,78% em jan/21. Enquanto o IGP-M avançou 2,58%, alavancado pelos preços no atacado das commodities e combustíveis. A PNAD Contínua apontou taxa de desemprego em 14,1% no trimestre findo em nov/20.Em 2020, o Caged apontou criação de 142,7 mil novas vagas formais, embora o número deva ser olhado com ressalvas pela subnotificação dos desligamentos. Com a fraca dinâmica das importações e as reduções nos déficits das contas de renda primária e de serviços, o setor externo encerrou com déficit de US$ -12,5 bilhões (0,9% do PIB). O setor público consolidado acumulou um déficit primário de aproximadamente R$ -703 bilhões (9,5% do PIB) e a Dívida Bruta do Governo Geral ficou em 89,3% do PIB. Para a semana os destaques econômicos são a divulgação do IGP-DI, Balança Comercial, produção industrial, produção e emplacamento de veículos.