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Comportamento Semanal – Final do ciclo

Incorporando as recentes alterações tributárias nas projeções de inflação, o Copom decidiu na semana por uma nova elevação de 0,50 p.p. para 13,75% a.a. na Meta Selic, sinalizando a possibilidade de um ajuste residual na próxima reunião. Por conta do significativo impacto para os anos de 2022 e 2023, o Comitê optou por dar ênfase na inflação acumulada em 12 meses até o 1T24, período que reflete o horizonte relevante, suaviza os efeitos diretos decorrentes das mudanças tributárias, mas incorpora seus impactos secundários sobre as projeções de inflação. Assim, a projeção situou-se em 3,5%, ainda acima da meta para 2024. O Comitê indicou ainda uma preocupação adicional com a trajetória fiscal, que pode acentuar os desafios de convergência para a meta no horizonte relevante para a política monetária, diante da possibilidade de que as medidas fiscais de estímulo à demanda impactem negativamente a dinâmica dos preços e o balanço de riscos para a inflação. Em linha com o comunicado, a curva de juros ETTJ encerrou a semana com quedas nos prêmios dos vértices mais longos e ligeira alta nos mais curtos. O Swap DI pré de 360 dias, por sua vez, encerrou com contração de -0,13 p.p. na semana aos 13,59% a.a.. Ademais, refletindo os efeitos da redução dos impostos sobre os preços administrados, as expectativas de inflação de curto prazo apontaram deflação levando o IPCA a 7,11% ao final desse ano, com avanço para 5,36% em 2023. No cenário externo, a possibilidade de o Fed intensificar o ritmo de aperto monetário, com a divulgação de dados mais fortes para o mercado de trabalho norte-americano, levou o retorno das T-Notes de 10 anos a subir 0,16 p.p. na semana para 2,83% a.a.. e o de 2 anos 0,35 p.p. para 3,24% a.a.. O petróleo tipo Brent encerrou com forte queda de -13,7% (US$ 94,92), refletindo os temores de uma possível recessão na maior economia do mundo. Do lado da atividade doméstica, após 4 altas consecutivas, a produção industrial apontou retração de -0,40% em jun/22, na série livre de influências sazonais (-2,8% no acumulado em 12 meses). O saldo da balança comercial registrou em julho superávit de US$ 5,4 bi (US$ 7,4 bi em igual mês de 2021). Ainda em julho, a caderneta de poupança registrou a saída líquida de R$ -12,7 bi encerrando o mês em R$ 1.007,2 bi (-0,63% na margem e -3,04% a.a.), refletindo o elevado nível de endividamento e a perda de poder de compra das famílias diante da inflação alta. Para a semana serão destaques a divulgação da ata do Copom, IPCA, PMC, PMS, inflação nos EUA e balança comercial chinesa

Boa leitura!

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