Skip to content

Comportamento Semanal – Final do aperto monetário

O processo de desinflação favorável, acompanhado pelo arrefecimento gradual da atividade, tem reduzido significativamente a pressão no mercado de títulos nos EUA e, consequentemente, trazendo um alívio na aversão ao risco. Dessa forma, o cenário básico é de que o Federal Reserve já tenha encerrado o ciclo de aperto monetário, ainda que mantendo a taxa básica de juros inalterada até meados de 2024. O Fedwatch do CME Group registrava, em 24.nov.23, 21,0% de chance de um corte de -0,25 p.p. na reunião de março.

Nesse contexto, é importante acompanhar se as divulgações da 2ª leitura do PIB no 3T23, da inflação dos Gastos de Consumo Pessoal (PCE) e do livro Bege ratificam a aposta de mercado. Na Zona do Euro, com um desempenho econômico inferior, a percepção é de que o Banco Central Europeu não volte a subir a taxa de juros, salvo caso a inflação volte a acelerar. Por isso, é importante avaliar a evolução da inflação ao consumidor da Zona do Euro, a ser divulgada esta semana.

O monitor do PIB em setembro, elaborado pela FGV, apontou redução de -0,6% na margem e alta de 1,8% na comparação trimestral interanual, ratificando o cenário de desaceleração da economia no 2º semestre.  Com essa conjuntura, a previsão para o crescimento do PIB em 2023 vem se reduzindo gradualmente, caindo -0,01 p.p. na semana para 2,84% (2,89% há 4 semanas). Entretanto, sem alteração para os próximos anos, permanecendo em 1,50% para 2024, em 1,93% para 2025 e em 2,00% para 2026.

Ainda esta semana, teremos os dados da inflação do IPCA-15 e IGP-M, podendo confirmar o processo benigno de desinflação. No Boletim Focus, a mediana das projeções para o IPCA de novembro não sofreu alteração em relação à semana anterior, ficando em 0,28%, enquanto para dezembro recuou -0,02 p.p. para 0,46%. Assim, as projeções para o IPCA de final de ano ficaram em 4,53%, dentro da banda da meta inflacionária para 2023. Por sua vez, as projeções para 2024, 2025 e 2026 permaneceram apenas parcialmente desancoradas.

Mesmo com o governo aumentando a previsão do déficit nas contas do governo central de R$ -141,4 bilhões para R$ -177,4 bilhões, a mediana das previsões para o déficit primário em 2023 continuaram em -1,10% do PIB e em -0,80% do PIB para 2024.

Ainda para esta semana, destaques também para as divulgações do resultado primário do governo geral, da balança comercial, reunião do Conselho Monetário Nacional e da confiança do consumidor na Zona do Euro.

Boa leitura!

Sim 0
não 0

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *