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Comportamento Semanal – Do serviços para o varejo

As incertezas sobre a trajetória fiscal ganharam força na semana, levando a um aumento na inclinação da estrutura a termo da taxa de juros. O spread entre a taxa de juros de um e de cinco anos subiu 0,32 p.p. para 3,87 p.p., enquanto o prêmio do CDS de cinco anos cresceu 11,1 bps. para 228,3 bps.. Contudo, mantida em 2,00% para 2020, a previsão para a Meta Selic para o final de 2021 reduziu-se em 0,25 p.p. para 2,75%. Para prover o impulso considerado necessário nesse momento para a convergência da inflação à meta e mantendo a cautela necessária por razões prudenciais e de estabilidade financeira, o Copom não antevê reduções no grau de estímulo monetário, desse modo procurando ajustar as expectativas na parte intermediária da curva. Todavia, essa orientação dependerá da ancoragem das expectativas no horizonte relevante (2021 e parte de 2022), mas principalmente da manutenção do regime fiscal. Os indicadores de atividade apresentaram melhora em junho, a saber: IBC-Br (4,9%), vendas no varejo restrito (8,0%) e no ampliado (+12,6%) e serviços (5,0%). Com isso, o Boletim Focus reduziu a estimativa de queda do PIB em 2020 de -5,62% para -5,52%. Entretanto, a trajetória de recuperação não é homogênea, calcada fundamentalmente nos setores menos impactados pelo isolamento e com o deslocamento do consumo dos serviços para o varejo, este sustentado temporariamente pelas medidas emergenciais que levaram o crescimento da massa de renda ampliada. Com agenda mais enxuta os destaques da semana ficam para o ambiente político, a Arrecadação Federal e indicadores de confiança da FGV.

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