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Termômetro do Crédito – Dinâmica positiva

Dados de junho ratificam a boa dinâmica no mercado de crédito, o que deve levar a uma revisão nas projeções de crescimento. No ano, a taxa de expansão do estoque total já se elevou em 4,8 p.p. para 16,3% a.a.. Contudo, houve desaceleração nos empréstimos para PJ que saíram de 21,8% a.a. em dez/20 para 14,8% a.a.. O aquecimento da atividade se refletiu fundamentalmente nas modalidades destinadas às PF, com intensificação do seu ritmo de crescimento de 10,5% a.a. para 17,5% a.a..

O bom momento é também verificado nos novos empréstimos. Mesmo para PJ, a evolução é positiva, de modo que a variação das concessões acumuladas em 12 meses saiu de 2,7% a.a. em mar/21 para 7,4% a.a., enquanto para PF houve aceleração no mesmo período de -0,7% a.a. para 11,6% a.a.. Apesar da elevação de 2,25 p.p. até junho na meta Selic, houve aumento de apenas 1,5 p.p. no juro médio total. Já o indicador da rentabilidade da carteira de crédito das instituições financeiras subiu 0,8 p.p. no ano para 24,2% a.a., com alta no spread de 0,3 p.p. na mesma base.

Apesar dos temores, a taxa média da inadimplência das modalidades com RL mantém-se ainda estável, com queda no ano de -0,2 p.p. para PF e aumento de 0,3 p.p. para PJ. A inadimplência nos empréstimos para as micro, pequenas e médias empresas avançou só 0,9 p.p. no ano, enquanto a parcela classificada entre “E” e “H” nesse segmento subiu apenas 0,1 p.p..

Alcançando 58,5% da renda, o endividamento das famílias encontra-se em seu maior patamar desde o início da série histórica em jan/05. Contudo, ainda não há sinalização negativa no comprometimento da renda. Entretanto, para este último indicador o quadro requer atenção com a deterioração do cenário inflacionário impactando a renda disponível e o aperto monetário elevando a taxa de juros, sem se esquecer a debilidade do mercado de trabalho.

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