Na reunião do Copom de novembro, os riscos à manutenção da âncora fiscal fizeram que o aumento da Selic superasse o sinalizado na reunião anterior. Adicionalmente, foram também avaliados cenários com ritmos de ajuste maiores do que os 150 pontos base. Prevaleceu, no entanto, a visão de que a trajetória de aperto da política monetária com elevações de 150 pontos base, ainda que considerando taxas terminais diferentes, seriam consistentes com a convergência da inflação para a meta em 2022, mesmo diante da elevada assimetria no balanço de riscos. Porém, a manutenção dessa indicação dependeria da evolução da atividade, dos fatores de riscos, das projeções e das expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária (2022 e em menor grau em 2023).