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Comportamento Semanal – Devolução de prêmios

Marcada pela divulgação de poucos indicadores, a última semana de 2022 exibiu alguns sinais para otimismo como o processo de reabertura da economia na China, embora o forte aumento de casos de Covid-19 enseje receios. Contribuiu, também, o impacto dos últimos dados no aumento de pedidos de seguro-desemprego na expectativa de que o ritmo de aperto monetário possa ser mais moderado nos EUA. Localmente, os prêmios implícitos na curva da taxa de juros exibiram uma forte retração, devolvendo parte do aumento dos prêmios, com alguma diminuição dos ruídos de cunho fiscal. Assim, a taxa real de juros ex-ante de 1 ano caiu -0,23 p.p. para 7,73% a.a.. Apesar do movimento, ainda se encontra em patamar contracionista. No que tange à Selic, a pesquisa Focus prevê 3 reduções de -0,50 p.p. a partir de setembro, alcançando 12,25% a.a. no final de 2023, com um aumento de 0,25 p.p. em relação à semana anterior. Ainda com incertezas acerca do peso da tributação dos preços dos combustíveis em 2023, a mediana das projeções de inflação para 2023 subiu de 5,23% para 5,31% e de 3,60% para 3,65% para 2024. Com o aumento real de 1,2% no estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna em novembro, o custo médio acumulado em 12 meses da DPMFi ficou em 10,73% a.a.. No período, a dívida líquida do setor público manteve-se estável em 57,0% do PIB, enquanto a dívida bruta do governo geral retraiu-se em -0,54 p.p. para 74,5% do PIB. No mesmo mês, houve um déficit primário de R$ 20,1 bilhões, mas acumulando-se um superávit de R$ 137,8 bilhões no ano. Contudo, a provável desaceleração da economia impõe um risco para a trajetória favorável das receitas públicas. O arrefecimento da atividade está contemplado nos sentimentos de consumidores e empresários, com os principais índices de confiança empresarial da FGV fechando dezembro abaixo dos 100,0 pts., nível que indica pessimismo.  Incertezas quanto à economia global e doméstica, o elevado nível da taxa de juros, a inflação ainda alta e a desaceleração da atividade mantêm o cenário desafiador. Os dados do Caged no mês de novembro, com a criação líquida de 135,5 mil vagas mostrou uma redução pelo 3º mês consecutiva, corroborando a visão mais negativa. Ademais, o salário médio de admissão voltou a recuar na margem, agora em -1,1% para R$ 1.919,81. Para esta semana, para os EUA tem-se a ata do Fomc e o payroll de dezembro, enquanto para o Brasil tem-se os números da balança comercial.

Boa leitura!

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