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Comportamento Semanal – Destaques para o Copom e a Pec da Transição

Após as expansões de 1,3% no 1T22 e de 1,0% no 2T22, o PIB cresceu 0,4% no 3T22. Com a revisão da série, o indicador já se encontra 4,5% acima do que estava no 4T19. Com isso, o carrego estatístico aponta uma expansão de 3,1% em 2022, sem dúvidas um resultado positivo. Porém, a desaceleração poderá ser aprofundada com a dissipação dos estímulos e a deterioração das condições financeiras. Assim, a projeção de crescimento do Boletim Focus em 2023 é de apenas 0,75%. Com avanço de 0,3% em outubro, a produção industrial acumulou uma retração de -0,8% no ano, situando-se -2,1% abaixo do verificado em fev/20. Ainda que em patamar favorável, a trajetória da arrecadação fiscal acumulada em 12 meses em termos reais mostra arrefecimento, crescendo 8,8% a.a. em outubro. Os Índices de Confiança dos setores de Serviços e do Comércio recuaram em novembro pela 2ª vez consecutiva, encontrando-se na zona que indica pessimismo. Com queda de -5,5 p.p. em 12 meses, a Dívida Bruta em outubro, ficou em 76,8% do PIB, o menor patamar desde mar/20. Um destaque da semana será a manutenção da Selic em 13,75% a.a., apesar das alterações no balanço de riscos desde a última reunião do Copom, pois a atualização do balanço de riscos não parece ser suficiente para requerer mudanças nas diretrizes da política monetária. Após uma forte alta dos juros futuros na semana anterior, os prêmios de risco apresentaram forte queda. Com isso, a taxa real de juros ex-ante de 1 ano recuou -0,57 p.p. no período, encerrando em 8,15% a.a.. A tramitação da PEC da transição também assume importância, devendo trazer volatilidade. Nos EUA, o mercado de trabalho ainda aquecido pressiona a inflação. Em novembro, foram criadas 263 mil vagas de emprego, acima das expectativas e o salário por hora média trabalhada acelerou o seu ritmo de expansão de 4,9% a.a. em out/22 para 5,1% a.a.. Mesmo assim, houve a diminuição da aversão ao risco, com a maior possibilidade de que haja uma diminuição do ritmo de aperto monetário nos EUA, ainda que a expectativa seja de uma taxa terminal mais elevada. Com isso, o rendimento das T-Notes de 10 anos recuou -0,17 p.p. na semana para 3,51% a.a. e o dólar perdeu força no mercado de câmbio internacional. Para esta semana, ocorrerá ainda as divulgações do IPCA, PMC e indicadores de atividade da economia internacional.

Boa leitura!

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