Para esta semana o destaque recai sobre o teor do comunicado da reunião do Copom que deverá manter a meta Selic em 2,00%. Principalmente, no que tange a uma eventual alteração na avaliação do balanço de riscos com o recente repique inflacionário. Com os avanços em relação à aprovação das vacinas contra a Covid-19, observou-se uma melhora na aversão ao risco no exterior. O dólar perdeu força, tanto em relação às principais moedas como de emergentes, impactado pela elevada liquidez internacional e pelo aumento do fluxo de capital estrangeiro. O real apreciou-se em 3,9% na semana para R$ 5,13, contudo, acumula ainda uma depreciação de 27,5% no ano. O 3º pior desempenho dentre seus pares. Apesar do deslocamento para baixo da ETTJ, o diferencial entre as taxas de um e cinco anos segue em patamar elevado, embutindo um prêmio de risco que reflete os temores quanto à trajetória fiscal. No cenário doméstico, o PIB do 3T20 cresceu 7,7% ante queda de 9,6% no trimestre anterior, na série dessazonalizada. Destaques para as elevações de 14,8% na indústria e de 11,0% nos investimentos. Considerando-se uma expansão de 1,5% no 4T20, o carrego estatístico para 2021 seria de um crescimento de 2,3%. Em outubro, a produção física industrial desacelerou seu ritmo de crescimento pelo 4º mês seguido. A produção mensal de veículos voltou próxima à média de 2019. Por fim, após 8 meses deficitário, o setor público voltou a campo positivo. Atenção para as divulgações do IPCA de novembro e as pesquisas mensais de comércio e serviços.