Mesmo em semana de Copom, o destaque ficou com o estresse no mercado de títulos públicos, iniciado a partir do mega leilão da semana anterior e agravado com os sinais contraditórios da trajetória fiscal. Novas infecções da Covid-19 na zona do euro, suscitando temores de novas paralisações das economias, ajudou também na deterioração do risco. O dólar voltou a se apreciar em relação ao real, com alta de 1,3% na semana e a estrutura a termo da taxa de juros inclinou significativamente, com as taxas dos vértices de 2 e 3 anos subindo, respectivamente, 0,24 p.p. e 0,34 p.p.. Em consonância com o Forward Guidance da reunião anterior, a taxa Selic foi mantida em 2,0% a.a., com o BC condicionando a manutenção do atual nível de estímulo monetário à preservação do regime fiscal, às expectativas de mercado e às projeções de inflação do seu modelo suficientemente próximas da meta no horizonte temporal relevante para a política monetária. Neste sentido, contribuem positivamente as estimativas do Federal Reserve que apontam as taxas de juros básicas inalteradas até pelo menos 2023. No Brasil, a PNAD Covid apontou aumento da taxa de desocupação para 14,3% na semana finda em 29/08. Para a semana a atenção está voltada para a reunião do CMN, divulgação da Ata do Copom e RTI, IPCA-15, Notas do Setor Externo, Arrecadação Federal, Caged e sondagens FGV.