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Termômetro do Crédito – Concessões desaceleram

*Praticamente estável em relação a dez/20 (-0,03%), o estoque de crédito do SFN representa 54,1% do PIB, mantendo crescimento de 16,0% a.a. (15,7% a.a. em dez/20). Com impacto dos programas de crédito do governo, os empréstimos para PJ exibem ritmo mais intenso de expansão 23,1% a.a. em relação aos para PF (10,9% a.a.). Com relação a origem de recursos, a evolução é mais equilibrada, 16,2% a.a. para RD e de 15,8% a.a. para RL.

*Em jan/21, as concessões ajustadas sazonalmente registraram uma queda de -1,2% para PF e uma alta de 3,5% para PJ. Com este tratamento, os novos empréstimos com RL para PJ caíram -1,4% para PJ e -3,1% para PF.  O final da isenção do IOF nas operações de crédito pode ter tido impacto na antecipação nas concessões em dez/20.  De qualquer forma, as concessões acumuladas em 12 meses apresentam desaceleração, retraindo-se em -1,2% a.a.. Como agravante, os novos empréstimos para PJ devem reduzir substancialmente ao longo do ano com o final dos programas de crédito do governo. A mesma tendência deverá ser verificada nas modalidades para PF, refletindo o elevado grau de ociosidade no mercado de trabalho.

*Em jan/21, com o impacto da volta do IOF, a taxa média de juros dos novos empréstimos subiu 2,5 p.p. para 28,4% a.a.. e o spread médio das operações com RL aumentou 2,5 p.p. na margem para 23,4 p.p.. Esta tendência deve persistir com o efeito da maior inclinação da curva de juros e a partir de julho com a majoração da CSLL para o sistema financeiro. Em consonância, o ICC, que calcula o custo de toda a carteira, subiu 0,5 p.p. no mês, levando o spread do ICC a 18,6 p.p., alta mensal de 0,4 p.p..

*Com relação à qualidade das carteiras, a inadimplência média das operações com RL elevou-se em 0,1 p.p. para 3,0%, rompendo seu movimento de queda, mas ainda em patamar bastante confortável. Para PF, o indicador médio em jan/21 foi de 2,9% (3,6% em jan/20). A depender do destino do auxílio, a trajetória deve se deteriorar como sinalizam o endividamento total das famílias alcançando o pico histórico em 55,0% e o comprometimento da renda crescendo 9,9 p.p. desde jun/20 até nov/20. Já nas modalidades para PJ, observou-se uma deterioração no segmento micro, pequena e médias empresas (MPMe), com crescimentos da inadimplência média (0,2 p.p. para 2,3%) e do saldo das operações com maior risco – classificado entre “E” e “H” –, alta de 0,2 p.p. para 7,3%.

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