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Comportamento Semanal – Atividade desacelerando e juros em alta

Com pressões persistentes na inflação do atacado, advindas da alta dos preços das commodities, o Focus revisou as estimativas inflacionárias. A estimativa do IPCA de 2021 foi elevada na semana em 0,20 p.p. para 3,82%, superando o centro da meta de 3,75%. Com isso, reforça-se a hipótese do aperto monetário ainda no 1º semestre, de modo que o boletim já indica Selic fechando o ano em 4,00% a.a. (3,50% a.a. um mês atrás). O cenário não é trivial, pois é evidente a desaceleração do ritmo de atividade na divulgação dos últimos indicadores. Assim, a perspectiva de crescimento de 2021 reduziu-se na semana de 3,43% para 3,29%. Adicionalmente, o avanço do pacote de estímulos fiscais nos EUA vem elevando o rendimento do T-Note de 10 anos para 1,34% a.a. (0,41 p.p. no ano), alimentando a expectativa de aumento da inflação, o que seria negativo para os emergentes. O quadro é agravado pelo efeito dos receios da evolução da política econômica na precificação dos prêmios de risco nos ativos financeiros (dólar e juros). No ano, o risco soberano medido pelo CDS de 5 anos já subiu 19,9 bps., fechando a semana em 162,73 bps. Em US$ 62,91, a cotação do petróleo tipo Brent já subiu 21,4% no ano. Do lado real, houve aumento da parcela das famílias endividadas que atingiu 66,5% em janeiro, segundo dados da PEIC da CNC. Os destaques da semana serão a reunião do CMN, divulgação do IPCA-15, IGP-M, Notas do Setor Externo, Resultado do Tesouro, Política Fiscal e PNAD-Contínua, além da tramitação da PEC Emergencial.

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