Com a melhora nos indicadores de emprego e mostrando disposição para combater as pressões inflacionárias, a ata da reunião do Comitê de Política Monetária sinalizou a proximidade da alta da taxa básica de juros e a antecipação da redução dos ativos do Federal Reserve. Com o comunicado, o retorno das T-Notes de 10 anos apresentou na semana uma alta de 0,24 p.p. para 1,76% a.a. Esse cenário, definitivamente, não é positivo para as moedas emergentes, dado que a consequente apreciação do dólar elevará a aversão risco e pressionará a inflação. A moeda dos EUA fechou cotado a R$ 5,63, com alta de 1,13%. Na Estrutura a Termo, em relação aos prêmios observados na semana anterior, as taxas dos vértices de 24 e 36 meses subiram 0,69 p.p. e 0,82 p.p. para 11,69% a.a. e 11,46% a.a., respectivamente. Ademais, frustrando as expectativas de mercado, o índice de produção industrial mensal (PIM) registrou contração de -0,2% em nov/21 e de -4,4% ante nov/20, na série livre de influências sazonais. Com a 6ª queda mensal consecutiva, o resultado sugere um número desfavorável para o PIB do 4T21. O saldo da balança comercial acumulado em 2021 apresentou superávit recorde de US$ 61,2 bilhões, expandindo-se 21,5% em relação a 2020. Por último, apesar de que no mês as captações em caderneta de poupança tenham superado os saques em R$ 7,66 bilhões, em 2021, houve saque líquido de R$ 35,5 bilhões, parte relacionada à queda na renda e parte à realocação dos investimentos com o avanço da Selic para alternativas mais rentáveis. Para a semana, serão destaques a divulgação do IPCA, PMC, PMS e produção industrial nos EUA e Zona do Euro.