Na primeira semana de 2021, com a expectativa de maior crescimento e inflação com os prováveis estímulos do governo democrático eleito nos EUA, o retorno das T-Notes de 10 anos subiu 0,20 p.p., para 1,13% a.a. e a cotação do petróleo tipo Brent encerrou em US$ 55,99 (+ 8,1%). No cenário doméstico, apesar da euforia da Bolsa de Valores, observou-se uma deterioração de risco nos prêmios implícitos e na volatilidade das cotações do dólar, taxa de juros e na cotação do risco soberano. Cresceram as preocupações com a sustentabilidade fiscal, com o aceno da Câmara dos Deputados para um eventual prolongamento do auxílio emergencial e aumento dos benefícios do Bolsa Família. Além disso, o resultado do leilão de LTNs na semana levou a uma forte elevação dos prêmios de risco ao longo da curva de taxa de juros. O real depreciou-se fortemente, atingindo US$/R$5,42 (-4,37%) e com o pior desempenho entre os seus pares. Já a cotação do risco soberano medido pelo CDS com vencimento de 5 anos subiu 12,0 pts. na semana para 154,9 pts.. Do lado real, a produção industrial avançou 1,2% em novembro, com queda de -5,2% em 12 meses. Ainda que com alta de 26,6% no 4T20, a produção de veículos ficou -31,2% abaixo do que em 2019. A balança comercial acumulou superávit de US$ 51 bilhões em 12 meses, resultado do recuo mais intenso das importações em relação às exportações. Já o fluxo cambial fechou com déficit de US$ 27,92 bilhões em 2020. Fundamentalmente por causa da depreciação cambial e das cotações da commodities, o IGP-DI teve alta de 23,08% no ano. Para a semana os destaques são a divulgação do IPCA, PMS, PMC e IGP-10.