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Comportamento Semanal – Aguardando as mensagens

A semana que se adentra tem como principais pontos de atenção as reuniões de política monetária e, principalmente, as mensagens das decisões. Os últimos números do CPI nos EUA, como a medida de núcleo, que exclui os itens mais voláteis de alimentos e energia, acelerando de 5,9% a.a. para 6,3% a.a. em agosto, praticamente chancelaram um aumento de 0,75 p.p. pelo Federal Reserve. O fortalecimento do entendimento de que a taxa de juros ser levada a um patamar contracionista eleva o risco de recessão. Assim, essa leitura traduziu-se no aumento da aversão ao risco, com a apreciação do dólar, a queda nas bolsas, o aumento no retorno dos treasuries e redução nas cotações das commodities. Ainda sob os efeitos das desonerações nos preços de combustíveis e energia, a mediana das estimativas para o IPCA para 2022 diminuiu -0,40 p.p. para 6,00% e -0,16 p.p. para 5,01% para 2023.  Apesar do aumento das projeções para o horizonte relevante (1T24), a maioria das apostas indica a Selic em 13,75% a.a. e a sua manutenção por um longo período em terreno também contracionista. Neste sentido, a taxa real de juros ex-ante encerrou em 8,13% a.a., o que representou uma forte elevação de 0,69 p.p.. Além da retomada das atividades, a série de estímulos fiscais e a melhora nas condições no mercado de trabalho contribuíram para a recuperação da economia e os números de alta frequência sugerem que a desaceleração prevista para o 2º semestre seja menor do que a esperada. O bom momento para a atividade refletido nos indicadores do setor de serviços e da indústria ajustou para cima a expectativa de crescimento econômico para 2022, com a mediana das projeções da Focus para a expansão do PIB avançando 0,26 p.p. para 2,65%. Esse processo deve persistir como sinaliza o carrego estatístico do IBC-Br de 3,3% para este ano.  Por fim, com a recuperação da atividade, assim como do mercado de trabalho e as diversas medidas de sustentação à renda, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) continua indicando a melhora no sentimento das empresas, registrando em setembro um aumento de 3,0 pts. na margem para 62,8 pts., o maior valor desde ago/21. Para esta semana, além das reuniões de política monetária no Brasil e EUA, haverá as divulgações do monitor do PIB da FGV, arrecadação federal e do PMI manufatura e serviços nos EUA e na Zona do Euro.

Boa leitura!

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