Na ata da última reunião do Copom, ficaram claras as divergências no que tange ao grau de sinalização futura da política monetária. Porém, a avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário e o seu impacto nas expectativas poderá acumular a confiança necessária para que se inicie os cortes em agosto. Ratificadas por essa mensagem, as projeções do Focus mantiveram a previsão de uma queda na Selic de -0,25 p.p. em agosto, porém com mais 3 cortes de -0,50 p.p. para fechar 2023 em 12,0% a.a. (12,25% na semana anterior). Já as projeções do IPCA do Focus indicam a redução da desancoragem, com a de 2024 recuando de 4,12% há 4 semanas atrás e 3,98% no boletim anterior para 3,92%. Após a decisão do CMN em manter as metas em 3,0% e com a substituição a partir de 2025 do regime de ano-calendário para o regime contínuo, as expectativas inflacionárias de 2025 reduziram-se de 3,80% para 3,60%. O IPCA-15 fechou com uma alta de 3,40% a.a., ante 4,07% a.a. em mai/23, porém as medidas subjacentes encontram-se acima das metas, a de serviços passou ficou em 6,2% a.a., a de bens industriais em 5,2% a.a. e a da alimentação em 5,6% a.a.. Nos EUA, apesar que permaneça o risco de que se tenha um processo recessivo, os dados últimos divulgados autorizam a expectativa de que a convergência da inflação para a meta possa ocorrer sem grandes sobressaltos para a atividade econômica, o que seria favorável aos ativos de risco, mesmo com as prováveis 2 elevações de 0,25 p.p. na taxa básica de juros. Para esta semana, os maiores destaques ficam com a tramitação de projetos econômicos no Congresso, como o novo arcabouço fiscal e o a reforma tributária. Adicionalmente, são aguardados os dados de veículos, da produção industrial, da balança comercial, dos PMI serviços na Zona do Euro, China e EUA, das vendas no varejo nos EUA e a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed).
Boa leitura!