Horizonte temporal relevante para a política monetária, as expectativas de inflação para 2022 acomodaram-se em 3,75%, ainda acima do centro da meta. Neste sentido, reduzir-se-ia a probabilidade de uma redução mais tempestiva dos estímulos na próxima reunião do Copom. Contudo, com uma alta de 8,35% a.a., o processo de convergência do IPCA até 3,50% não será trivial. A aceleração dos núcleos e das medidas subjacentes reforçam o balanço de risco desfavorável. Por causa das preocupações com a ancoragem das expectativas inflacionárias e dos seus reflexos na Meta Selic, a taxa de juros do swap DI prefixado de 360 dias elevou-se em 0,25 p.p., fechando em 6,83% a.a. no dia 08/07. A taxa de câmbio, que recentemente contribuiu para mitigar a pressão inflacionária, fechou a semana com uma alta de 3,97%. Em maio, as vendas do comércio varejista cresceram pelo 2º mês consecutivo (1,4% varejo restrito e 3,8% no conceito ampliado) suportadas pela flexibilização das medidas restritivas, pelo retorno do pagamento do auxílio e pela expansão do crédito para pessoas físicas. A produção de veículos, por sua vez, recuou -13,4% em jun/21, refletindo dificuldades na obtenção de insumos. Serão destaques na semana a divulgação do IGP-10, IBC-Br, PMS e produção industrial dos EUA, China e Zona do Euro.