A semana apresentou um aumento na aversão ao risco, refletindo as decisões dos Bancos Centrais (BC) das economias desenvolvidas e a manutenção dos temores com a nova cepa Ômicron. O BC da Inglaterra aumentou os juros de 0,10% para 0,25% a.a.. O Fed anunciou uma nova redução no programa de compras de ativos, o que deve levar o encerrando para março de 2022. Adicionalmente, sinalizou 3 altas nos juros para o próximo ano. Assim, o dólar ganhou força na semana, encerrando cotado a R$ 5,69, com apreciação de 1,37%, apesar da forte atuação do BC, com a venda à vista de US$ 2,7 bilhões, a venda com compromisso de recompra de US$ 500 milhões, além das rolagens dos swaps com vencimento em 01/02/2022. O CDS brasileiro de 5 anos subiu 2,85 bps. para 223,54 bps.. Ainda na semana, o Relatório Trimestral de Inflação trouxe um tom mais duro da autoridade monetária, reforçando seu compromisso não só com a consolidação do processo de desinflação como também com a ancoragem das expectativas, com o aperto monetário avançando consideravelmente em terreno contracionista. Com isso, a estrutura a termo da taxa de juros apresentou elevações em todos os vértices, em maior intensidade nos mais curtos, levando o spread entre as taxas de 1 e 10 anos para terreno ainda mais negativo (-0,89 p.p.). Entretanto, vale ressaltar os possíveis impactos negativos do aperto monetário na atividade econômica, que já vem debilitada, conforme mostram as quedas mensais em outubro de -1,2% no setor de serviços e de -0,40% no IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central. Para a semana, os destaques são as divulgações: do PIB do 3T21 dos EUA; IPCA-15 e PCE nos EUA.