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Comportamento Semanal – Flexibilização interrompida

A atenção na semana estará centrada no conteúdo da comunicação da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) que manterá a taxa Selic em 10,50% a.a., interrompendo a flexibilização monetária. A decisão mostra-se como a mais apropriada para que sejam cumpridos os objetivos de convergir a inflação à meta em um cenário que conjuga uma súbita depreciação cambial com a elevação dos prêmios de risco com a reprecificação do início do ciclo de queda na taxa de juros nos EUA, a deterioração das expectativas inflacionárias e os questionamentos acerca da evolução das contas fiscais. Além de mitigar a volatilidade, esse direcionamento ajudaria a sustentar o aperto adicional da política monetária promovido desde a última reunião e precificado no mercado futuro de juros. Por fim, a extensão e a adequação de eventuais ajustes futuros na taxa de juros deverão ser condicionadas pela avaliação do balanço de riscos. Com variação na margem acima da esperada e uma piora nos dados qualitativos, houve uma aceleração do IPCA que saiu de 3,69% a.a. em abr/24 para 3,93% a.a.. No horizonte relevante para a política monetária, a expectativa de inflação no Boletim Focus para 2025 subiu de 3,78% para 3,80%, afastando-se ainda mais do centro da meta. A pesquisa ajustou a trajetória futura da Selic, só contemplando novos cortes em 2025, fechando 2024 em 10,50% a.a.. A taxa real de juros ex-ante fechou a semana em 7,06%, em patamar bem restritivo quando comparado com os 4,5% considerado como neutro pelo Banco Central (BC). Fonte de preocupação para a política monetária, o setor de serviços apresentou uma aceleração do crescimento do volume acumulado de 12 meses de 1,41% a.a. em mar/24 para 1,65% a.a. em abril (6,75% a.a. em abr/23). No mesmo critério, a expansão do crescimento do varejo restrito acelerou de 2,52% a.a. em mar/24 para 2,65% a.a. (+0,91% a.a. em abr/23) e do ampliado de 2,91% a.a. para 3,27% a.a. (-0,43% a.a. em abr/23). A variação anual do IBC-BR saiu de 1,78% a.a. em mar/24 para 1,81% a.a., deixando para 2024 um carrego estatístico de 1,24%. Ainda no que tange ao crescimento, as expectativas do PIB no Boletim Focus começaram a se ajustar saindo de 2,09% em 07/06 para 2,08%. A semana exibiu uma recuperação na demanda por ativos de maior risco com as divulgações dos dados da inflação nos EUA, tanto ao consumidor como ao produtor. Com números abaixo do que se esperava, recrudesceram as apostas de um posicionamento mais flexível do Fed. Apesar de que, após a reunião de política monetária, a atualização das projeções dos membros do comitê tenha indicado apenas um corte de 0,25 p.p. em 2024. Em 14/06/24, a ferramenta FedWatch do CME Group registrava uma probabilidade de 62,0% de um corte de -0,25 p.p. na reunião de setembro, com 45,0% de chance de uma redução adicional para uma faixa de 4,75% a.a. e 5,00% a.a.. Nesse cenário, os retornos das T-Notes encerraram a semana em queda, beneficiados pelo alívio com a boa demanda no leilão dos títulos de 10 anos. Para esta semana, destaques também para as divulgações da arrecadação federal e monitor do PIB, além do PMI manufatura e serviços, produção industrial e vendas no varejo nos EUA, PMI manufatura e serviços, inflação ao consumidor e confiança do consumidor na Zona do Euro, além da produção industrial e vendas no varejo na China

Boa leitura!

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