Na última reunião, o Copom considerou que uma redução da taxa básica de juros maior do que 0,50 p.p. poderia ser contraproducente, caso resultasse em aperto nas condições financeiras. Adicionalmente, a autoridade monetária expressa recorrentemente a sua preocupação com a inclinação da estrutura a termo da taxa de juros. Entretanto, consolidou-se o entendimento de que os choques na oferta e demanda são no curto e médio prazo deflacionários. Nesse horizonte, as expectativas dos agentes econômicos não sinalizam alta da inflação. A inclinação da curva de juros dependerá da evolução do risco país, que tende a permanecer elevado como reflexo da questão fiscal. Concluindo, a nosso ver, há espaço para que a Meta Selic seja reduzida em mais 50 pontos para 3,25% a.a.
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