O volume de captação total por meio dos principais instrumentos de captação das instituições financeiras encerrou 2021 em R$ 2.384,5 bilhões, com alta de 8,8% no ano (2,9% em relação ao 3T21). Na variação anual, o volume de Certificados de Depósitos Bancários (CDB) e os Recibos de Depósitos Bancários (RDB) contribuiu com 6,1 p.p.. Após o forte avanço em 2020, com a pandemia, a participação foi de 69,5% do total, a mesma verificada no 4T20.
O estoque das captações por meio de Letras Financeiras (LF) recuou -4,5% em 2021, em meio à evolução dos resgates e a renovação das operações da Linha Temporária Especial de Liquidez para aquisição de Letra Financeira com garantia em ativos (LTL-LFG) realizada no final do ano. Vale ressaltar que em dez/20, o total emitido em LTEL-LFG era de R$ 67,8 bilhões (19,5% das LF). A despeito da redução dos limites para emissão de Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE) do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) sem cessão fiduciária, o saldo desse instrumento cresceu 11,7% em 2021, contribuindo com a emissão de instrumentos com cessão fiduciária e a concentração de vencimentos em 2022. Já os instrumentos com isenção fiscal nos rendimentos apresentaram crescimento significativo, notadamente no último trimestre do ano.
Por fim, o mercado de capitais fechou o ano de 2021 com resultado 59,6% superior ao do ano imediatamente anterior, com R$ 596,0 bi em emissões no mercado doméstico (R$ 373,4 bi em 2020), com destaque positivo para as emissões com ativos de renda fixa, diante das incertezas com relação à economia e sob efeito das mudanças na condução da política monetária.