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Termômetro do Crédito – Primeiros sinais

A carteira de crédito do SFN ficou estável no mês de abril, encerrando em R$ 3.587,2 bilhões (49,2% do PIB), mantendo crescimento da ordem de 9,6% a.a.. Termômetro dos reflexos da crise sanitária, as concessões totais dessazonalizadas reduziram-se -16,5% no mês, com queda de -18,4% para Recursos Livres (RL) e aumento de 4,1% para Recursos Direcionados (RD). Pelo mesmo critério, os novos empréstimos para pessoas jurídicas (PJ) diminuíram -21,1% em relação a mar/20, após a formação preventiva de caixa pelas grandes empresas (Ge) em mar/20. Continuando a refletir o isolamento social, as concessões para pessoas físicas (PF) voltaram a exibir queda mensal, agora de -13,2%. O ritmo de crescimento dos empréstimos das instituições financeiras privadas desacelerou 1,0 p.p. para 17,0% a.a., enquanto que o das públicas acelerou 0,9 p.p. para 2,3% a.a.. Como futuros desdobramentos, vale monitorar a evolução da atuação dos bancos públicos no mercado de crédito e das operações com RD. O aumento do crédito para as pequenas e médias empresas (MPMe), setor altamente impactado, está em torno de 7,2% a.a., enquanto que o das Ge acelerou de 6,7% em mar/20 para 10,9% a.a. Ainda em mar/20, o nível de endividamento das famílias encontrava-se em patamar recorde (45,9% da renda), em um cenário de perspectiva de queda da massa salarial. Houve no período uma elevação mensal de 0,4 p.p. na parcela do comprometimento da renda com o pagamento do serviço da dívida (20,6%). Com relação à qualidade dos ativos, as taxas de inadimplência, ainda se situam em níveis confortáveis, mas com clara tendência de deterioração. Por fim, com a redução na margem do custo de captação de -0,6 p.p. para 5,1% a.a, o spread médio da carteira de crédito RL apresentou queda no mês de – 1,4 p.p., encerrando em 26,2% a.a. (-4,6 p.p. em 12 meses).

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