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Pré-Copom: Agosto/2020

Ainda que existam riscos, acreditamos que Selic possa ser reduzida em 25 pontos base, movimento que estaria em consonância com o objetivo primário da política monetária, ou o de promover a convergência da inflação para a meta estabelecida pelo CMN. A debilidade da atividade aliada à incerteza da evolução da sua retomada e ao cenário benigno para inflação, sinalizado também nas medidas de núcleo, confere nesse momento uma oportunidade, ainda que residual, para a manutenção do ciclo de queda da taxa básica de juros. Adicionalmente, as expectativas significativamente e persistentemente abaixo das metas configuram a necessidade de um novo ajuste no grau de estímulo monetário, caso contrário, pode-se ter a elevação da taxa de juros real e redução na inflação esperada. No lado fiscal, haveria ainda algum benefício com a redução na despesa com juros da parcela da dívida pública indexada à Selic. No que tange ao possível impacto da flexibilização nos indicadores de condições financeiras, não acreditamos que os efeitos sejam contraproducentes em levar a inflação corrente para as metas e aquecer a atividade econômica. A instabilidade nos preços dos ativos e a inclinação da estrutura a termo da taxa de juros estariam mais condicionados a fatores externos e às incertezas relacionadas à evolução das contas públicas, principalmente a partir do próximo ano, com o final da pandemia.

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