Com os desdobramentos favoráveis para a vacina contra a Covid-19, a semana apresentou queda nos prêmios no mercado de câmbio e na estrutura a termo da taxa de juros, embora ainda limitada às incertezas fiscais. A arrecadação federal em outubro mostrou crescimento real de 27,4% na margem e de 9,6% em relação à out/19, refletindo o desempenho favorável nas contas do IRPJ/CSLL, das importações tributáveis e da melhora da produção industrial e do consumo. Pelo 3º mês houve superávit na conta das transações correntes, (US$1,5 bilhão em out/20). Os dados de outubro referentes ao setor externo ratificaram o baixo risco pelo lado das contas externas, gerado pela forte contração de importações de bens e serviços, e das remessas de lucros e dividendos. Com o otimismo dos indicadores de curto prazo, o Boletim Focus voltou a reduzir a projeção de queda do PIB para esse ano de -4,55% para -4,50%, elevando a perspectiva de crescimento em 2021 de 3,40% para 3,45%. Com a pressão dos preços de alimentos, as estimativas para a inflação de 2020 aceleraram na semana de 3,45% para 3,54% (3,47% para 2021). Do lado do emprego, persiste a dissonância entre os dados do Caged (+394.989 vagas formais out/20) com os números da PNAD Contínua que apontaram taxa de desemprego de 14,6% em setembro, maior taxa da série histórica, com o aumento da busca por vagas em meio à flexibilização das medidas de isolamento social. Para a semana são destaques a divulgação do PIB, produção industrial, balança comercial, nota de política fiscal e produção de veículos.