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Termômetro do Crédito – Demanda mais acentuada

*Em novembro, o mercado de crédito manteve sua trajetória de recuperação, exibindo altas de 2,0% na margem (2,0% PF e 2,0% PJ) e de 15,6% a.a. (10,9% a.a. PF e 22,1% a.a. PJ), totalizando R$ 3.954,3 bilhões. Em proporção do PIB, encerrou em 53,1%, elevação mensal de 0,7 p.p., alcançando o maior patamar desde jan/16, evidenciando o bom momento do setor. Ademais, as diferentes métricas de medição das concessões seguem apontando elevações, embora deem sinais de acomodação.

*A boa performance recente deve-se principalmente às modalidades com RL, em especial para PF. O crescimento do setor varejista possibilitou a recuperação no cartão de crédito à vista e a aceleração do ritmo de expansão do crédito consignado, especialmente para aposentados. Na carteira com RD para PJ, os programas de apoio à micro, pequenas e médias empresas (MPMe) continuam com efeitos positivos, refletidos na alta de 34,6% a.a. na carteira das MPMe. Já na com RD para PF, as condições mais favoráveis, assim como as baixas taxas de juros, contribuem para um bom comportamento dos financiamentos imobiliários.

*Face a esse cenário, o Banco Central em box do RI de dez/20 revisou para cima suas projeções para o crescimento do crédito do SFN. Para 2020, espera uma elevação de 15,6% (10,4% PF e 22,6% PJ). Já para 2021, levou em consideração a normalização entre oferta e demanda, o fim dos programas emergenciais e o processo de desalavancagem das empresas. Com isso, projeta-se um crescimento de 7,8% (10,6% PF e 4,2% PJ), com destaque para a retração de -5,3% para RD PJ.

*Em relação à qualidade da carteira, observaram-se quedas mensais nas taxas de inadimplência considerando todas as aberturas, fechando em 2,2% na carteira total e em 3,0% para RL. Na carteira PJ, a parcela da carteira considerada de maior risco, classificada entre “E e H”, no mês, recuou -0,3 p.p. para as MPMe e elevou-se 0,3 p.p. para as Ge, fechando em 7,2% e 6,5%, respectivamente. Merece atenção os impactos dos términos dos normativos de socorro aos efeitos da pandemia, como por exemplo da classificação de risco, nas carteiras dos bancos.

*Por fim, vale ressaltar a redução de 0,2 p.p. em novembro da taxa média de juros da carteira com RL, finalizando em 26,3% a.a. (12,2% a.a. PJ e 38,1% a.a. PF). Em 12 meses acumula contração de -9,3 p.p. (-5,1 p.p. PJ e -10,8 p.p. PF). Com isso, o spread médio da carteira com RL fechou em 21,2 p.p., representando quedas de -0,3 p.p. na margem e de -8,9 p.p. em 12 meses.

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