A percepção de alteração no regime fiscal provocou elevação de volatilidade e dos prêmios de risco nos mercados de câmbio e juros. A cotação do CDS de 5 anos teve na semana uma alta de 32,9 bps. para 235,37 bps., o maior nível observado desde 05/out/20. Mesmo com o dólar perdendo força no mercado internacional, o real fechou com uma depreciação de 3,46%, encerrando cotado a R$/ US$ 5,65, o 2 º pior desempenho entre as moedas emergentes. A deterioração do risco fiscal e o câmbio mais depreciado obrigam o Banco Central a acelerar o aperto monetário, de forma a impedir a desancoragem das expectativas inflacionárias. A taxa do Swap DI pré de 360 dias antecipou este movimento indicando uma alta de 1,53 p.p. para 10,62% a.a. e a taxa real de juros ex-ante avançou 1,11 p.p. para 5,45% a.a.. Pelo Boletim Focus, as estimativas para o IPCA em 2021 subiram 0,27 p.p. para 8,96% e em 0,22 p.p. para 4,40% para 2022, enquanto para o crescimento do PIB em 2021 reduziu-se de 5,01% para 4,97% e de 1,50% para 1,40% para 2022. Do lado real, a balança de transações correntes fechou deficitária em US$ 1,7 bi em setembro, elevando o déficit acumulado em 12 meses de US$ 19,3 bi para US$ 20,7 bi (1,33% do PIB). Para a semana serão destaques a reunião do Copom e a divulgação do IPCA-15, IGP-M, Nota de Política Fiscal, Resultado do Tesouro, PNAD, CAGED e o PIB dos EUA e Zona do Euro.