A semana apresentou elevada volatilidade, catalisada fundamentalmente por fatores externos, como o enfraquecimento da atividade na China levando a uma redução na taxa de juros pelo Banco Central e o enfraquecimento do dólar no cenário internacional com o crescimento da probabilidade de recessão nos EUA. Beneficiado, ainda, pelo alto diferencial da taxa de juros doméstica e pelo aumento dos preços das commodities, o real apresentou desempenho superior às moedas emergentes, com apreciação de 3,56% na semana. Apesar do esforço de política monetária para ancorar as expectativas inflacionárias, os prêmios reduziram-se com a apreciação cambial e possíveis impactos na inflação de curto prazo de uma possível aprovação da unificação da alíquota do ICMS. Segundo levantamento da Agência Broadcast, a mediana das estimativas para o crescimento do PIB manteve-se estável em 1,00% para 2022. Entretanto, com os indicadores recentes mostrando uma atividade mais intensa do que se antecipava, esta projeção tende a se elevar. A despeito do ritmo de atividade mais intenso do que o antecipado, o cenário da situação financeira das empresas preocupa. Entretanto, a trajetória dos pedidos de recuperação judicial acumulados em 12 meses mantém-se relativamente estável. Com o risco de estagflação, a agenda nos EUA com o discurso do Powell, a ata da reunião de política monetária e a leitura final do PIB no 1T22 ganha relevância. Localmente, o IPCA-15 de maio deve mostrar a temperatura da inflação corrente e os números do CAGED o panorama do mercado de trabalho.
Boa leitura!
